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Justiça nega pedido e dá 20 dias para Bruno Cunha Lima nomear assistentes sociais aprovados em concurso
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A 1ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande rejeitou o recurso da Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG) que buscava postergar o cumprimento da decisão judicial pela nomeação de 34 assistentes sociais educacionais aprovados no concurso público de 2021. A decisão, publicada nesta terça-feira (20), representa uma vitória definitiva da Defensoria Pública da Paraíba no caso. O juiz estabeleceu um prazo de 20 dias para que o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) realize as nomeações, sob risco de ser enquadrado no crime de desobediência caso descumpra a ordem judicial.

Prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, pode ser enquadrado no crime de desobediência, caso não nomeie os assistentes sociais (Foto: Reprodução/Instagram)

A medida reforça a sentença já transitada em julgado e acolhe o pedido da Defensoria, que ingressou com ação civil pública após identificar contratações temporárias irregulares em detrimento dos candidatos aprovados. A tentativa da Prefeitura de impugnar o cumprimento da decisão foi rejeitada pelo juiz Falkandre de Sousa Queiroz, que destacou a violação à moralidade administrativa e ao princípio do concurso público.

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O defensor público Marcel Joffily, responsável pela ação, reforçou a importância do cumprimento imediato da decisão. “A Defensoria Pública vem envidando todos os esforços para que estas pessoas, aprovadas e classificadas em regular concurso público realizado pelo Município de Campina Grande, sejam nomeadas o mais brevemente possível, considerando-se que não há mais possibilidade de recursos e que estas pessoas já aguardam suas nomeações há tempo considerável. Ademais, os cidadãos campinenses serão beneficiados com a nomeação e posse de pessoas qualificadas para o desempenho de um cargo tão importante”, ressaltou.

Na decisão, o juiz Falkandre de Sousa Queiroz reforçou: “A Administração, mesmo após a validade do certame, jamais nomeou os aprovados, tendo optado pela contratação de terceiros para o desempenho das mesmas funções. Essa preterição é inaceitável e fere a Constituição”.

A Defensoria Pública da Paraíba atua no caso por meio da Coordenadoria de Cidadania, Direitos Humanos e Ações Coletivas em Campina Grande. O processo agora segue para o acompanhamento do cumprimento da decisão, com expectativa de que as nomeações ocorram o mais breve possível.

Com informações da Defensoria Pública da Paraíba.

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