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Moraes mantém prisão de general Braga Netto em inquérito sobre tentativa de golpe
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (22) pela manutenção da prisão do general da reserva Walter Braga Netto. O militar está preso desde dezembro de 2023 como parte das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Braga Netto integra o chamado núcleo 1 da trama golpista (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, responde por acusações de obstrução às investigações do caso. Ele integra o chamado núcleo 1 da trama golpista, grupo que também inclui o ex-presidente Bolsonaro e o general Augusto Heleno, conforme classificação do STF.

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A decisão do ministro foi tomada após parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela manutenção da prisão.

Segundo Moraes, a soltura de Braga Netto pode atrapalhar o andamento da ação penal sobre a tentativa de golpe.

O ministro citou o depoimento prestado ontem (21) ao Supremo pelo ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior, que relatou ameaças contra seus familiares. “A testemunha de acusação afirmou em seu depoimento que o réu Walter Souza Braga Netto foi responsável por orientar militares golpistas a pressionar a testemunha e a sua família, uma vez que o tenente-brigadeiro Baptista Júnior foi contrário ao plano golpista da organização criminosa. Salientou, ainda, que encerrou suas contas em redes sociais, considerando a intensa pressão exercida pelos militares golpistas, orientados por Walter Souza Braga Netto”, justificou o ministro.

Durante as investigações, a Polícia Federal identificou que o general, indiciado por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações. 

Fonte: Agência Brasil

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