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Julgamento de Bolsonaro: Paulo Gonet aponta evidências sólidas em denúncia sobre organização criminosa
Termômetro da Política
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforçou na manhã desta terça-feira (2), durante julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a solidez das acusações contra os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, destacando que a denúncia apresentada não se baseia em “suposições frágeis”, mas em um conjunto robusto de provas produzidas pelos próprios integrantes da organização criminosa.

Paulo Gonet afirmou que a denúncia apresentada não se baseia em “suposições frágeis” (Foto: Reprodução/YouTube)

Em sua manifestação, Gonet detalhou que “a organização criminosa documentou, ou titulou, a quase totalidade das ações narradas na denúncia por meio de gravações, manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens eletrônicas, tornando ainda mais perceptível a materialidade deletiva. Não há como negar fatos praticados publicamente, planos aprendidos, diálogos documentados e bens públicos deteriorados, se as defesas têm valor”.

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A denúncia aponta que os atos de 8 de janeiro, que culminaram na invasão e depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, não eram o objetivo inicial do grupo, mas se tornaram uma meta incentivada e planejada. “O 8 de janeiro de 2023 pode não ter sido o objetivo principal do grupo, mas passou a ser desejado e incentivado, onde se tornou a verdadeira opção disponível. A ideia de manifestações na Praça dos Três Poderes, especialmente diante do Supremo e do Congresso Nacional, já estava no painel de ações do grupo”, afirmou Gonet.

As evidências reunidas, incluindo gravações e mensagens, reforçam a materialidade dos crimes imputados, segundo o procurador-geral, que destacou a clareza dos fatos documentados para sustentar a acusação contra os responsáveis pelos ataques às instituições democráticas. O julgamento segue em curso, com a Procuradoria-Geral da República (PGR) buscando a responsabilização dos envolvidos no episódio que marcou a história política do país.

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