Francisco Mairlon Barros Aguiar foi libertado do presídio de Papuda, em Brasília, na madrugada de quarta-feira (15), após ser absolvido por decisão unânime dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele passou 15 anos preso por ter sido condenado como um dos executores do “Crime da 113 Sul”. Mairlon deixou a Papuda abraçando a família e escoltado pelos advogados. “É um momento de êxtase que ninguém pode imaginar”, disse Mairlon.
Na primeira declaração após deixar o presídio, em entrevista à TV Globo, Mairlon disse estar muito grato à família, aos advogados e aos ministros do STJ que definiram a soltura de forma unânime. “Não estou nem acreditando, o dia mais feliz da minha vida está sendo hoje. Muita gratidão a todas as pessoas que não desistiram de mim, a ONG Innocence que insistiu, ainda. Família, amigos, não sei nem o que falar”.
Na decisão desta terça (14), os ministros do STJ determinaram a “soltura imediata” do ex-réu, agora inocentado. O comunicado foi enviado ao Tribunal de Justiça do DF, que notificou a Vara de Execuções Penais (VEP) para soltar Francisco Mairlon.
Em 2009, o ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, sua esposa, Maria Carvalho, e a empregada da família, Francisca Nascimento, foram brutalmente assassinados a facadas no apartamento da família, em uma quadra nobre de Brasília.
Na decisão do STJ, os ministros também trancaram a ação penal e anularam o processo desde o início. Ou seja: Francisco Mairlon, agora, não é condenado nem réu pelo crime.
Mairlon havia sido condenado a 55 anos de prisão, pena reduzida em segunda instância para 47 anos de prisão. Ele morava no Pedregal, município de Novo Gama (GO), quando foi preso pela Polícia Civil de Brasília, um ano e três meses após o crime.
Com informações do portal g1.