Uma médica de São Paulo abriu processo contra o ex-controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, e os sócios Felipe Wallace Simonsen e Armando Miguel Gallo Neto, cobrando indenização pelos prejuízos em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) que superam o limite de cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

A ação, que tramita na 4ª Vara Cível do Foro Regional de Santana, em São Paulo, é considerada a primeira de uma série que deve ser movida por pequenos investidores afetados pela liquidação da instituição financeira.

Entre 2019 e 2024, a investidora aplicou R$ 283 mil em CDBs do Master via NuInvest, plataforma do Nubank. Com rendimentos, o montante chegou a quase R$ 527 mil no momento do colapso do banco.

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Como o FGC ressarce no máximo R$ 250 mil por investidor, cerca de R$ 277 mil ficaram descobertos — “valor que a autora jamais recuperará por meio do mecanismo de garantia institucional do sistema financeiro”, conforme a petição.

“A derrocada da instituição financeira resultou exclusivamente de gestão inidônea, má administração deliberada, prática sistemática de fraudes e condutas criminosas perpetradas pelos próprios controladores e administradores do banco”, alega a autora na ação.

Ela pleiteia responsabilização civil solidária dos réus pelos “prejuízos materiais e morais causados”, incluindo o valor não coberto pelo FGC e mais R$ 50 mil por danos morais.

“O presente processo visa à recuperação da parcela não coberta pelo fundo (FGC), correspondente ao prejuízo direto causado pela gestão fraudulenta, temerária e criminosa perpetrada pelos administradores do Banco Master”, conclui a petição.

Simonsen e Gallo Neto ingressaram como sócios minoritários em 2022, com a aquisição do Banco Vipal pelo Master.

Com informações de O Globo.