O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nessa sexta-feira (13) a prisão do ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), que ocupou o cargo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Machado havia sido detido no início do dia no Recife por ordem do próprio Moraes. A prisão ocorreu em meio a investigações sobre uma suposta tentativa de emissão irregular de passaporte português para o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid – figura central como delator nas apurações sobre o suposto golpe de Estado.
A decisão pela libertação foi tomada pelo mesmo ministro que decretara a prisão horas antes. O ex-ministro estava sendo investigado por suspeita de auxiliar Cid a obter documentação para deixar o país.
Em substituição à prisão, Gilson deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento obrigatório à Justiça, cancelamento do passaporte, proibição de sair do país e de manter contato com investigados pela trama golpista.
Veja também
Caravana humanitária pró-Palestina é barrada no caminho até Gaza
Ainda ontem, pela manhã, Mauro Cid prestou depoimento à Policia Federal (PF) e negou ter a intenção de sair do país. De acordo com as investigações, a família dele embarcou para os Estados Unidos no mês passado.
Em março deste ano, Moraes cobrou explicações do militar sobre a tentativa de obtenção do passaporte português.
Na ocasião, o advogado Cesar Bittencourt disse que Cid deu entrada no pedido de cidadania portuguesa no dia 11 de janeiro de 2023 (após os ataques de 8 de janeiro). Segundo a defesa, o pedido foi feito “única e exclusivamente” porque a esposa e as filhas dele já possuem a cidadania portuguesa.
Bittencourt confirmou que a carteira de identidade portuguesa foi expedida e enviada em 2024. O advogado disse ainda que “carteira portuguesa é apenas um documento de identificação”, que tem validade naquele país.
Fonte: Agência Brasil