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Ministro afirma que revogação do decreto do IOF prejudica o país, não apenas o governo
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Em pronunciamento realizado nesta quinta-feira (26) durante visita à Favela do Moinho, no centro de São Paulo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, classificou a derrubada do decreto que aumentava as alíquotas do IOF como um prejuízo para o país, e não apenas para o governo.

Márcio Macêdo destacou que o Planalto ainda analisa a possibilidade de recorrer ao STF
Márcio Macêdo destacou que o Planalto ainda analisa a possibilidade de recorrer ao STF (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Macêdo destacou que o Planalto ainda analisa a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar manter o reajuste tributário, mas reafirmou a disposição do Executivo em manter o diálogo com o Congresso Nacional sobre o tema. A declaração foi dada a jornalistas após a rejeição pelo Legislativo da medida que alterava as taxas do imposto sobre operações financeiras.

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“Eu não vejo isso como uma derrota do governo. Eu vejo como uma derrota do país e da justiça tributária. Eu acho que foi um erro esse processo, porque o IOF, como estava colocado, iria atingir 0,8% da população para fazer justiça tributária. Quem tem mais, pode pagar um pouco mais. No nosso país só paga imposto quem é assalariado. Eu espero que isso seja revisto, rediscutido e que possa encaminhar essa saída de forma politicamente acordada e que possa ter esse debate como tem que ter no Congresso e na sociedade e que se possa restabelecer esse processo de construção de justiça”, disse o ministro.

Para Macêdo, a votação dessa quarta-feira (25) é parte de um processo democrático, e ele defende que o governo continue dialogando de forma permanente com o Congresso.

“Eu acho que o diálogo tem que ser permanente. Nós somos um presidencialismo de coalizão, onde o Congresso Nacional tem muita força. Num passado recente, houve uma inversão de valores. O governo anterior abriu mão de governar, entregou o orçamento para o Congresso Nacional. É óbvio que o povo brasileiro elegeu Lula para governar, então, as atribuições do poder executivo foram restabelecidas. Então, esse é um processo de diálogo, é natural da democracia. Esse debate tem que ser feito de forma tranquila, de forma respeitosa, respeitando a autonomia dos poderes e continuar dialogando. Não tem nenhum rompimento de diálogo”, disse ele.

Fonte: Agência Brasil

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