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Alcolumbre e Motta vão ao Supremo em defesa das emendas parlamentares
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O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza, nesta sexta-feira (27), a partir das 9h, uma audiência pública para discutir a transparência no repasse de emendas parlamentares a deputados federais e senadores. O encontro foi convocado pelo ministro Flávio Dino, relator das ações que tratam do tema no STF. Participarão dos debates os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que têm se posicionado contra as decisões da Corte que limitaram o pagamento dessas emendas.

Davi Alcolumbre e Hugo Motta não abrem mão das emendas parlamentares
Davi Alcolumbre e Hugo Motta não abrem mão das emendas parlamentares (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Pela manhã, também estão programadas as participações do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Jorge Oliveira.

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No período da tarde, terão voz representantes de entidades da sociedade civil que fiscalizam as contas públicas, incluindo a Transparência Brasil, o Instituto Não Aceito Corrupção e a Transparência Internacional.

Impasse 

O impasse sobre o pagamento das emendas começou em dezembro de 2022, quando o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 (comissão) e RP9 (relator) eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição dos recursos para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento.

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original da matéria, Flávio Dino assumiu a condução do caso.

Em agosto do ano passado, o ministro determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade, como a identificação dos parlamentares autores das emendas.

O ministro também determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto. 

Em fevereiro deste ano, Dino homologou o plano de trabalho no qual o Congresso se comprometeu a identificar os deputados e senadores responsáveis pelas emendas ao Orçamento e os beneficiários dos repasses.

A decisão do ministro também liberou o pagamento das emendas deste ano e dos anos anteriores que estavam suspensas por decisões da Corte.

Pelo plano de trabalho da Câmara e do Senado, a partir do exercício financeiro deste ano, não será mais possível empenhar emendas sem a identificação de parlamentar que fez a indicação da emenda e da entidade que vai receber os recursos. 

Fonte: Agência Brasil

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