O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou a demissão de duas assessoras de seu gabinete sob suspeita de serem “funcionárias fantasmas”. A reportagem, publicada pela Folha de S. Paulo, revelou que três servidoras conciliavam a função parlamentar com outras atividades profissionais.
Em nota, Motta afirmou que “preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”.
Gabriela Pagidis, que recebia R$ 11,4 mil, e Monique Magno, com remuneração de R$ 1,7 mil, desempenhavam atividades à distância no gabinete do parlamentar, mas tiveram os pedidos de exoneração formalizados nessa terça-feira (15).
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Por se tratar de cargos não presenciais, as duas possuíam autorização para não registrar ponto eletrônico. A dispensa será oficializada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (16).
Conforme a apuração do jornal, Motta mantinha em sua equipe três servidoras com atividades profissionais incompatíveis com as atribuições legislativas. As demitidas exercem, respectivamente, as funções de fisioterapeuta (Gabriela Pagidis) e assistente social (Monique Magno) em uma prefeitura paraibana.
A reportagem da Folha também menciona o caso de uma estudante de medicina vinculada ao gabinete.
Todas foram contratadas como secretárias parlamentares, com carga horária de 40 horas semanais, vedação para acumular outros cargos públicos e isenção do registro biométrico de frequência na Câmara.
Ao ser questionada pela Folha, Monique Magno alegou trabalhar em dois empregos e “cumprir os horários certinho e ainda acumular” os cuidados de uma criança, “sendo mãe solo”.
Gabriela Pagidis disse que em sua função como servidora “geralmente cuida da agenda, mais voltado para a organização”. “Agora está mais na mão da presidência [da Câmara], mas eu trabalho com isso. Agenda, eventos”, acrescentou.
Com informações de O Globo.