Em uma reviravolta no Congresso Nacional, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi escolhido nesta quarta-feira (20) para presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A eleição de Viana, por 17 votos a 14, marcou uma vitória da oposição e a primeira derrota para os governistas e para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que havia indicado o senador Omar Aziz (MDB-AM) para o cargo.
Logo após assumir a presidência, Viana designou o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) como relator da CPMI, em mais um revés para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que defendia a indicação do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) para a relatoria. A CPMI, composta por 32 integrantes, entre deputados e senadores de base governista e oposição, além de igual número de suplentes, terá a missão de apurar irregularidades envolvendo o INSS.
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Apesar de não ter sido escolhido como relator, o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) destacou o compromisso com os trabalhos da CPMI, afirmando que as investigações seguirão “independentemente de partido político, independentemente de ideologia”. Ayres também descartou qualquer possibilidade de acordo político que possa prejudicar o andamento da Comissão, declarando: “Não há nada que vai nos parar.”
O parlamentar adiantou que a CPMI prevê convocar ministros de dois governos para prestar esclarecimentos. Entre os citados estão Carlos Lupi, demitido após a Operação Sem Desconto, e Onyx Lorenzoni, que atuou como ministro da Previdência durante o governo de Jair Bolsonaro.
A escolha de Viana e Gaspar para a presidência e relatoria, respectivamente, sinaliza um fortalecimento da oposição na condução das investigações, que prometem aprofundar as apurações sobre as fraudes no INSS e seus impactos financeiros e sociais.
Com informações do portal Metrópoles.
