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Senadora Daniella Ribeiro propõe lei para proteger mulheres de ameaças via PIX
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A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) apresentou, nessa terça-feira (9), o Projeto de Lei (PL) 4489/25, que visa proibir o uso do espaço de comentários em plataformas de pagamentos eletrônicos, como o PIX, para enviar mensagens de perseguição e intimidação, especialmente contra mulheres. A proposta busca combater uma prática crescente em que transferências de R$ 0,01 são usadas para enviar mensagens de ódio, configurando violência psicológica. “A tecnologia, que tanto avanço e conveniência nos trouxe, também abriu portas para novas modalidades de abuso”, afirmou a senadora.

Proposta da senadora Daniella Ribeiro busca proteger mulheres que recebem mensagens de ódio mesmo após bloquearem agressores em redes sociais
Proposta da senadora Daniella Ribeiro busca proteger mulheres que recebem mensagens de ódio mesmo após bloquearem agressores em redes sociais (Foto: Divulgação)

O PL altera o artigo 147-A do Código Penal, sobre o crime de perseguição (stalking), prevendo um aumento de pena em 1/3 quando o agressor utiliza pagamentos eletrônicos para perturbar ou invadir a privacidade da vítima. Também proíbe o contato com familiares e testemunhas. Além disso, modifica a Lei Maria da Penha, incluindo mensagens via PIX como forma de violência psicológica e meio de comunicação a ser proibido em medidas protetivas de urgência, e a Lei de Combate ao Bullying, para proteger jovens e adolescentes.

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Daniella destacou que a prática, descrita como “insidiosa”, tem invadido a vida de brasileiros, especialmente mulheres, que relatam receber mensagens de ódio mesmo após bloquearem agressores em redes sociais. “Essa prática configura uma forma de violência que burla as medidas protetivas e perpetua o ciclo de abuso, transformando uma ferramenta de inclusão financeira em um instrumento de tortura psicológica”, afirmou. A senadora reconhece que os pagamentos instantâneos impulsionaram a economia, mas alerta: “Não podemos fechar os olhos para o seu uso indevido como veículo para o assédio, a ameaça e a violência psicológica”.

A proposta reforça a necessidade de atualizar o arcabouço jurídico para combater novas formas de violência. “A aprovação desta matéria é um passo crucial para modernizar nosso arcabouço jurídico e para enviar uma mensagem clara à sociedade: não haverá espaço para a impunidade, independentemente do meio utilizado para cometer a violência”, concluiu Daniella Ribeiro.

Fonte: Assessoria de imprensa

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