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Presidente da Conafer é preso por falso testemunho em depoimento à CPI do INSS
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Em uma sessão que durou cerca de 9h, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS prendeu o presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes, no começo da madrugada desta terça-feira (30). O presidente da Conafer negou envolvimento em fraudes nos descontos de aposentados, mas afirmou desconhecer detalhes de operações de pessoas e empresas ligadas à entidade, investigadas por irregularidades. Segundo o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), Carlos Roberto mentiu ao colegiado, mesmo após ter se comprometido a falar a verdade.

O presidente da Conafer (à dir.) ocultou informações e tentou convencer o colegiado de que a operação era regular (Foto: Carlos Moura/Agência Senado)

“Ele mentiu deliberadamente à CPMI. Ele tentou de todas as maneiras nos convencer de que se tratava de uma operação perfeitamente legal e correta. Não é, nós sabemos muito bem que isso é lavagem de dinheiro, dinheiro dos aposentados”, afirmou.

Segundo Viana, o presidente da Conafer ocultou informações e tentou convencer o colegiado de que a operação era regular. Ao agir dessa forma, Lopes teria cometido crime de falsidade ideológica. O pedido de prisão havia sido feito pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), alegando que Carlos Roberto Ferreira praticou o crime de falso testemunho pelo menos quatro vezes ao longo da oitiva.

Carlos Roberto Ferreira Lopes (4º à esq.) preso por falto testemunho (Foto: Carlos Moura/Agência Senado)

“Sei que nossa voz de prisão se repetirá, a pessoa será ouvida e liberada, mas há um grito na garganta de todos os brasileiros em relação a essa impunidade…. O senhor está preso em nome dos aposentados, viúvas e órfãos do Brasil e aqui quem mente paga o preço”, afirmou Viana.

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O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), informou que pedirá a prisão preventiva de Lopes ao encarregado do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro André Mendonça, já nesta terça-feira. Os parlamentares entendem que a prisão preventiva é urgente, pois haveria perigo de fuga da testemunha e de que o dinheiro não seja encontrado para ressarcir os cofres públicos.

Com infomações de Agência Senado e portal g1.

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