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Agiotagem, armas, tráfico e jogo do bicho: deputado estadual baiano é apontado como chefe de milícia
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O deputado estadual baiano Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRD), foi alvo da Operação Estado Anômico, deflagrada nesta quarta-feira (1º) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público da Bahia (MPBA), em conjunto com a Polícia Federal, a Força Correcional Integrada (Force) e a Corregedoria da Polícia Militar. O parlamentar, que está foragido, é acusado de chefiar uma milícia envolvida em crimes como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas e associação para o tráfico.

Segundo as investigações, mesmo sob medidas cautelares, o parlamentar manteve a liderança do grupo (Foto: Reprodução/Instagram)

A operação cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em endereços residenciais e uma empresa nas cidades de Salvador, Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos. Ao todo, dez pessoas foram alvos. A Justiça determinou o bloqueio de até 9 milhões de reais em bens dos investigados e a suspensão das atividades de uma empresa usada para lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, mesmo sob medidas cautelares, o parlamentar manteve a liderança do grupo, utilizando empresas de fachada e “laranjas” para movimentar recursos.

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A ação é um desdobramento da Operação El Patrón, deflagrada em dezembro de 2023, que já resultou em denúncias do MPBA contra quinze pessoas, incluindo o deputado e familiares. Na época, Binho Galinha se preparava para disputar as eleições de 2024, considerando candidatar-se a prefeito em sua cidade natal, Milagres, ou em Feira de Santana, onde construiu sua carreira política. No entanto, com o avanço das investigações, ele não participou do pleito.

Outro desdobramento da Operação El Patrón, batizado de Fallen, ocorreu em maio deste ano, quando três policiais militares foram alvo de mandados de busca e apreensão. Eles são suspeitos de ocultar provas de uma investigação de lavagem de dinheiro oriunda do jogo do bicho, tendo destruído arquivos digitais que esclareciam pontos ainda obscuros do caso.

Com informações do portal Veja.

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