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Lula defende integração latino-americana e critica “fala grossa” de líderes estrangeiros
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Durante um evento com estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares (COPO) neste sábado (18), em São Bernardo do Campo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a criação de projetos educacionais conjuntos entre países da América Latina como forma de fortalecer a independência da região. Ele destacou que tais iniciativas são essenciais para evitar que líderes de outros países “ousem falar grosso” com o Brasil. “Fizemos também a Universidade da América Latina em Foz do Iguaçu. Queremos formar uma doutrina latino-americana, com professores e estudantes latino-americanos, para sonhar que nosso continente um dia seja independente, e que nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o país, porque não vamos aceitar”, afirmou Lula.

Lula defendeu a criação de projetos educacionais conjuntos entre países da América Latina como forma de fortalecer a independência da região (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente enfatizou a importância da educação para o desenvolvimento, afirmando que “não existe país no mundo que tenha se desenvolvido sem antes investir na educação”. Ele destacou que o governo brasileiro tem estabelecido parcerias com países africanos, de língua portuguesa e da América Latina, com o objetivo de reforçar a cooperação regional e global.

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Contexto de tensões com os EUA

A declaração de Lula ocorre em meio a recentes ações dos Estados Unidos contra a Venezuela, sob a justificativa de combate ao tráfico de drogas. Segundo a imprensa norte-americana, o Exército dos EUA realizou seis ataques contra embarcações, resultando em dezenas de mortes. Na quarta-feira (15), o presidente Donald Trump confirmou que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela. Em resposta, o governo de Nicolás Maduro acusou os EUA de buscarem uma “mudança de regime” e prometeu denunciar as ações ao Conselho de Segurança da ONU.

A escalada de tensões também gerou reações regionais. Na sexta-feira (17), organizações sociais e cidadãos de Trinidad e Tobago protestaram em frente à Embaixada dos EUA contra o assassinato de dois pescadores trinitários por embarcações militares americanas, em um incidente descrito como um “ato de agressão injustificado”. Segundo a Telesur, a tragédia, ocorrida sob o pretexto de uma operação “antidrogas”, levantou debates sobre o apoio do governo trinitário à escalada militar dos EUA no Caribe.

No Brasil, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) aprovou, durante plenária nacional nesta semana, uma moção de repúdio à postura dos Estados Unidos, classificando-a como uma ameaça à paz na América Latina.

Fonte: Agência Brasil

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