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Ex-gestor é alvo de operação por suspeita de produzir dossiês falsos contra políticos
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O ex-subsecretário adjunto de Gestão Operacional da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap), Moysés Henrique Marques, foi alvo de uma operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) na manhã desta quinta-feira (23). A ação investiga a produção e disseminação de um dossiê falso contra autoridades, incluindo parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e membros do Judiciário.

Material falso supostamente produzido por Marques teria função de atender aos interesses de um grupo ligado à exploração de cantinas em presídios
Material falso supostamente produzido por Marques teria função de atender aos interesses de um grupo ligado à exploração de cantinas em presídios (Foto: Divulgação)

Durante a operação, agentes da Draco apreenderam celulares e computadores na residência de Marques, localizada no bairro Rio Comprido, Zona Norte do Rio. Segundo as investigações, o ex-subsecretário é apontado como autor dos crimes de injúria, difamação e obstrução de justiça. O dossiê, fabricado para acusar o governo estadual de realizar escutas ilegais — a chamada “arapongagem” — por meio da Subsecretaria de Inteligência da Seap, tinha como objetivo criar atrito entre autoridades do Executivo e do Legislativo fluminense.

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A Draco revelou que o material falso foi produzido para atender aos interesses de um grupo ligado à exploração de cantinas em presídios, atividade que foi encerrada pela Seap em 2024. Marques, que ocupou o cargo de subsecretário adjunto entre 2020 e 2021, nas gestões dos ex-governadores Wilson Witzel e Cláudio Castro, também responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e duas sindicâncias, sendo a mais recente por coagir colegas a coletar documentos internos para sustentar denúncias contra rivais.

O ex-subsecretário já havia sido alvo da Operação Hiperfagia, do Ministério Público do Rio (MPRJ), que investigou fraudes em licitações e superfaturamento no fornecimento de alimentação para o sistema prisional, com prejuízo estimado em R$ 350 milhões. Em nota, a Seap declarou que “repudia veementemente qualquer tentativa de desestabilização institucional ou manipulação de informações com o objetivo de atender a interesses particulares e escusos”.

Com informações do portal g1.

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