Agentes da Polícia Federal prenderam preventivamente nesta quarta-feira (3) o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar (União Brasil), durante a Operação Unha e Carne, que investiga o vazamento de dados sigilosos da Operação Zargun.

A ação, que mobilizou cerca de 80 policiais para cumprir oito mandados de busca e apreensão, um de intimação e o de prisão preventiva, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal. Os federais estiveram na sede da Alerj pela manhã, onde realizaram buscas na sala da presidência enquanto Bacellar depunha na superintendência da PF no Rio. Logo após o depoimento, ele foi detido.

Bacellar é apontado como suspeito de repassar informações que teriam alertado sobre a Operação Zargun, comprometendo as apurações que levaram à prisão do deputado estadual TH Joias em 3 de setembro de 2025. TH Joias é investigado por atuar como intermediário na compra e venda de armas para o Comando Vermelho.

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De acordo com a PF, a operação de hoje visa “combater a atuação de agentes públicos envolvidos no vazamento de informações sigilosas, o que culminou com a obstrução da investigação realizada no âmbito da Operação Zargun”. A iniciativa faz parte da determinação do STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635 das Favelas), que delegou à Polícia Federal a apuração da atuação de grupos criminosos violentos no estado do Rio e esclarecer a conexão com agentes públicos.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ainda não foi comunicada oficialmente sobre a operação de hoje. Assim que tiver acesso a todas as informações, irá tomar as medidas cabíveis.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) ainda não foi comunicada oficialmente sobre a operação ocorrida nesta manhã. Assim que tiver acesso a todas as informações, irá tomar as medidas cabíveis.

A defesa do deputado Rodrigo Bacellar não se manifestou até a publicação desta matéria.

Fonte: Agência Brasil