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Cida Ramos cobra ação da ALPB em defesa das mulheres e retomada do relatório da CPI do Feminicídio
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“Parem, parem, parem de nos matar!”, bradou a deputada estadual Cida Ramos (PT) na sessão ordinária desta terça-feira (9) da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). A parlamentar, que presidiu a CPI do Feminicídio na Casa, defendeu a retomada do relatório.

Cida Ramos defende que é preciso discutir nas escolas, nas ruas, nas praças a cultura do patriaracado (Foto: Assessoria de imprensa/Divulgação)

“Nós precisamos recuperar o relatório da CPI do Feminicídio, porque o relatório está lá de 2015 a 2020, não tem mais essa distinção entre zona rural e zona urbana. Atinge toda a sociedade e todos os territórios”, disse a deputada.

“Eu quero retomar a discussão do que eu considero e muitos pesquisadores consideram no Brasil barbárie social, que é a morte de mulheres pelo simples fato de serem mulheres, pelo fato de homens não aceitarem que essas mulheres elas possam e tenham o direito de interromper uma relação”, afirmou Cida Ramos.

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A deputada relembrou o trabalho realizado pela Assembleia, caminho traçado para o combate à violência: “Eu presidi uma CPI do Feminicídio aqui nesta Assembleia Legislativa, Comissão Parlamentar de Inquérito, que coloca em 1.200 páginas, para os Três Poderes, recomendações imediatas que precisam ser adotadas”, destacou.

“É preciso fazer algo porque cada dia se liga a televisão e as estatísticas são muito duras. Mulheres que ficaram paraplégicas, mulheres que foram mortas”, lamentou. Para Cida Ramos, é necessário que a sociedade passe por uma transformação profunda.

“Essa cultura do patriarcado, do machismo, é preciso discutir nas escolas, nas ruas, nas praças, por onde estivermos. Esse precisa ser o debate da Assembleia, do Governo do Estado, do Tribunal de Justiça. Nós precisamos discutir em todos os locais essa cultura. A educação precisa tomar para si a tarefa de colocar essa falta nos currículos, nas semanas culturais”, argumentou a parlamentar.

A deputada também defendeu a necessidade de mudança começando no núcleo familiar. “Nós precisamos de informação, de projetos, ações e serviços, mas precisamos mudar a cultura. E que as famílias comecem a debater a questão da igualdade de gênero. Não é possível que pais de família, vendo o que está acontecendo, ainda criem seus filhos de forma diferenciada, meninos e meninas”, disse Cida Ramos.

Fonte: Assessoria de imprensa

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