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Hugo Motta abre processo que pode cassar mandato de Eduardo Bolsonaro por faltas
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou formalmente o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre a abertura de processo administrativo que pode resultar na perda do mandato por excesso de faltas. Desde o fim da licença de 120 dias em julho, quando terminou a licença não remunerada que o parlamentar pediu para morar nos Estados Unidos com a família, Eduardo não compareceu a nenhuma sessão deliberativa. Com isso, já ultrapassou o limite constitucional de um terço de ausências na sessão legislativa, o que permite a decretação automática da perda do mandato, conforme o artigo 55 da Constituição.

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Eduardo Bolsonaro tem cinco dias úteis para apresentar defesa por escrito (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O documento assinado por Motta concede ao deputado cinco dias úteis para apresentar defesa por escrito.

Em vídeo publicado no Instagram, Eduardo Bolsonaro reagiu à notificação. “Isso seria, sim, o bloqueio total do fim que me resta das minhas atividades parlamentares, que está na parte da diplomacia legislativa”, declarou. Ele alegou que não pode voltar ao Brasil por perseguição política e classificou o processo como tentativa de “cassar um parlamentar inocente” que recebeu mais de 700 mil votos.

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O deputado também acusou o ministro Flávio Dino, do STF, de bloquear suas emendas parlamentares mesmo estando ainda no exercício do mandato.

Eduardo Bolsonaro é réu no Supremo por coação, denunciado pela PGR em setembro por suposta pressão junto a autoridades norte-americanas para interferir no julgamento que condenou seu pai, Jair Bolsonaro (PL), por tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Agência Brasil

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