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Presidente da CCJ do Senado rechaça PL da Dosimetria e chama proposta de “pró-facção”
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O senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, afirmou que o PL da Dosimetria, aprovado na Câmara na última quarta-feira (10) e que reduz penas para condenados na trama golpista, “não tem a menor chance de passar na CCJ” do jeito que está.

Otto Alencar disse que os parlamentares “perderam a cerimônia” e chamou de “absurdo” discutir um projeto nesses termos
Otto Alencar disse que os parlamentares “perderam a cerimônia” e chamou de “absurdo” discutir um projeto nesses termos (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Em conversa com a reportagem, Alencar classificou o texto como “pró-facção”, disse que os parlamentares “perderam a cerimônia” e chamou de “absurdo” discutir um projeto nesses termos. Para o senador, pessoas de interesse público que apoiam a proposta “não viram, não leram e não estão sabendo do que se trata o texto”.

Aprovado na Câmara por 291 votos a 148, o projeto prevê aplicação da pena do crime mais grave aumentada até metade. No caso de Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses, a pena cairia para 24 anos e 10 meses.

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Inicialmente voltado à anistia ampla para Bolsonaro e envolvidos no 8 de Janeiro, o texto foi aceito pelos bolsonaristas após líderes do Centrão sinalizarem a Flávio Bolsonaro que anistia estava fora de questão e que “era pegar ou largar” a dosimetria. Eles optaram por aceitar.

A estratégia do Centrão é vista como forma de tirar a candidatura de Flávio Bolsonaro da disputa presidencial de 2026.

Líderes bolsonaristas afirmam que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), comprometeu-se a “entregar” o projeto.

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), informou que a orientação é pedir vista na votação marcada para quarta-feira (17), adiando a análise para 2026, ano eleitoral, quando o ritmo legislativo costuma ser mais lento.

Entre as ideias em discussão está aprovar substitutivo que reduza penas apenas para envolvidos no 8 de Janeiro, excluindo líderes.

Com informações do portal g1.

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