Justiça -
Rosa Weber encerra seminário do STF sobre a Justiça pelo olhar das mulheres
Termômetro da Política
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Evento idealizado pela ministra Cármen Lúcia (à esquerda) discutiu diversidade, igualdade de gênero e protagonismo feminino (Foto: Divulgação/STF)

A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, encerrou, nessa sexta-feira (10), o seminário “Por estas e por outras”, destacando a importância do protagonismo feminino na construção de uma sociedade justa e igualitária. Este tema, ao lado da diversidade e da igualdade de gênero, foram a tônica do encontro, idealizado pela ministra Cármen Lúcia. A ministra Ellen Gracie (aposentada) também participou da coordenação.

“Nós, mulheres, não delegamos nossa voz a ninguém. Fomos silenciadas por um longo inverno, e esse silêncio possibilitou a construção de um sistema social e político estruturalmente discriminatório”, afirmou a ministra Rosa Weber. “Temos de falar e de fazer nossas vozes serem ouvidas”.

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Para a ministra, na data de ontem, em que é comemorado o Dia Internacional dos Direitos Humanos, nada mais significativo do que o STF reafirmar o seu compromisso com a Constituição Federal e com a democracia. “Por estas e por outras, reafirmamos a nossa fidelidade ao projeto constitucional democrático e igualitário”, declarou, ressaltando a importância da Corte abrir seu espaço institucional para a discussão.

Rosa Weber destacou que a diversidade é essencial em razão de suas várias perspectivas, como foi retratado nas diversas exposições durante o encontro. De acordo com ela, a desigualdade de gênero corrompeu, por muito tempo, os pilares da estrutura social e democrática brasileira. Apesar dos avanços, a ministra afirmou ser necessário avançar, a fim de que a mulher tenha participação igualitária de 50% em todos os espaços de tomada de decisão, públicos e privados.

A vice-presidente da Corte observou que a Constituição Federal é do povo, e o STF é o seu maior intérprete e o seu guardião, mas não o único. Os cidadãos precisam participar das rodadas deliberativas e democráticas, e a formação de uma sociedade justa e solidária apenas será alcançada quando a inclusão for autêntica e permitir a escuta de todas as vozes. “Os caminhos de descriminação e exclusão não podem existir”, avaliou.

Fonte: STF

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