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Sessão conjunta debate o Dia Internacional de Enfrentamento à LGBTfobia
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O Dia Internacional de Enfrentamento a LGBTFOBIA foi debatido na manhã da sexta-feira (17), através de sessão conjunta entre a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) e a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). A solenidade aconteceu no Plenário da Casa Epitácio Pessoa e reuniu representantes de diversas entidades.

Vereador Marcos Henriques e deputada estadual Cida Ramos, ambos do PT, foram os autores das proposituras (Foto: Olenildo Nascimento/CMJP)

A deputada estadual Cida Ramos (PT), autora da propositura na ALPB, disse da alegria de realizar a sessão conjunta. “Hoje, a Assembleia Legislativa está em festa, por receber o segmento, por reafirmar a diversidade e o compromisso com a luta contra a LGBTfobia. Nesse dia, é crucial debater e discutir, mas, sobretudo, sair desse evento ciente dos desafios que a sociedade LGBTQIAPNB+ enfrenta, mas que a sociedade como um todo precisa abraçar. Quero renovar os esforços em prol da igualdade e do respeito. Embora reconhecemos os avanços nas ações e serviços dos direitos LGBTQIAPNB+, nósainda estamos diante de uma realidade repleta de obstáculos, que nos assusta, revela a violência, a discriminação e que continua a afetar a vida de muitas pessoas. É preciso derrotar no dia a dia, na cultura e na vida”, afirmou.

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O vereador Marcos Henriques (PT), autor da propositura na CMJP, disse das motivações para a realização da sessão conjunta. “É mais um debate feito com a deputada estadual Cida Ramos com um tema tão importante, que é o combate à LGBTfobia, nesse dia tão significativo. Desde a concepção, muito cedo nas escolas, existe todo um preconceito que às vezes prejudica muito o desenvolvimento de qualquer ser humano. O combate ao racismo, à discriminação sexual e religiosa é algo que os direitos humanos preconizam e que deve ser combatido de maneira muito efusiva. O tema da LGBTfobia é algo que a sociedade precisa se apropriar, entender e respeitar o direito de cada um ter a sua orientação sexual”, destacou.

Laura Brasil, gerente executiva do Conselho Estadual LGBTQIAPN+ disse que “ainda estamos muito aquém de um cenário que possamos falar de uma sociedade igualitária, inclusiva e de fato representativa, mas estamos caminhando”. Segundo ela, atualmente, desde as fundações, somam-se mais de três mil e oitocentos usuários cadastrados em toda a Paraíba. “Precisamos fortalecer o trabalho de base e os movimentos precisam chegar junto à população, para que a gente construa uma política de referenciamento primário”, garantiu.

Fabiana Lobo, promotora do Ministério Público da Paraíba, falou que a luta é diária. “O Ministério Público está nessa luta com vocês”, assegurou.

“Hoje não pode ser um dia de comemoração, mas um dia de resistência. Aproveito esse momento para pedir a união de todos vocês para efetivar direitos humanos, uma vez que estamos caminhando a passos muito lentos, mas é preciso continuar, seguindo na luta, pois os movimentos representam as pessoas mais importantes para mudar essa realidade”, defendeu Janaína Andrade, procuradora dos Direitos Humanos do Ministério Público Federal.

Cristiana Almeida, secretária executiva da Secretaria Estadual da Diversidade Humana, pontuou que não é fácil combater a LGBTfobia que começa, muitas vezes, dentro da família. “Nós não vamos parar de lutar, até que a expectativa da população LGBTQIAPN+ seja igual à de uma pessoa hétero normativa. Precisamos avançar ainda mais, nos direitos, na qualidade da educação, na empregabilidade e na representatividade”, ratificou.

A sessão, através da ALPB, entregou a Comenda “Luciano Bezerra Vieira” à presidente da Associação das Pessoas Travestis/Transexuais/Transfeministas da Paraíba, Andreina Juliane Gomes, que agradeceu o recebimento da homenagem. “Hoje eu celebro sempre a vida, pois sou uma mulher travesti de 57 anos e passei da expectativa de vida que é imposta por uma sociedade para essa população”, concluiu.

Participaram ainda da sessão o presidente do PSOL, Celso Batista; Audaci Pimentel, representante da Defensoria Pública da Paraíba; Geraldo Filho, coordenador do LGBTQI de João Pessoa; entre outros.

Fonte: CMJP

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