Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Fraude ou esperteza? Vereador põe inteligência artificial para dialogar com eleitores nas redes sociais
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Zezinho Botafogo usou a tribuna pela primeira vez após sua passagem pela Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba (Foto: Olenildo Nascimento/CMJP)

É comum que um parlamentar tenha assessores para falar em seu nome nas publicações das redes sociais. Mas quem acompanha o trabalho do vereador pessoense Zezinho Botafogo (PSB) já não sabe mais se são humanos que falam por ele. Vazou nessa sexta-feira (20) uma publicação na rede X (ex-Twitter) em que o texto do comando ao ChatGPT (GPT-3.5) precede o que foi publicado.

Seria fraude ou esperteza do vereador? A prática não é criminosa, mas denuncia que o parlamentar é falso com a população, pois nem o “entusiasmo” que ele supostamente teria sentido foi verdadeiro, já que quem descreveu a sensação foi a inteligência artificial.

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Para quem ousar defender que se tratou de transparência, digo que na verdade foi erro mesmo, pois a mesma publicação nas demais redes sociais do vereador aparece sem o comando.

A terceirização do diálogo com o público suscita outros debates sobre representação parlamentar. Quem confiou um voto a Zezinho Botafogo provavelmente escolheu uma pessoa, não um robô. Quais outras atribuições do cargo público ele entrega à inteligência artificial? Desse jeito fica fácil “trabalhar” pelo povo.

Confira abaixo a publicação:

(Imagem: reprodução/X)
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