Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Mourão jogou a última pá de terra sobre a cova política de Bolsonaro
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(Foto: Reprodução/TV Brasil)

O pronunciamento do senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS), na função de presidente da República em exercício, foi a última pá de terra sobre a cova política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A covardia de Bolsonaro ao abandonar o país antes mesmo do fim do mandato, como quem sai fugido, simbolizou sua própria sentença de morte. Apesar de ter sido eleito em 2018 na mesma chapa, Mourão não deve nada a Bolsonaro, e aproveitou o espaço de pronunciamento à nação para criticar o ex-aliado, agora acabado politicamente.

O ex-vice-presidente criticou “lideranças” que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país, mas “deixaram com que o silêncio criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta”.

A crítica foi direta ao silêncio de Bolsonaro, que ao não se pronunciar em favor da defesa da democracia com a eleição de Lula (PT), fomentou com seu não agir um exército de golpistas, espalhados por todo o país, em frente aos quartéis do Exército Brasileiro, e que hoje se revoltam com a postura covarde de seu ex-líder.

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Chamou atenção o uso político feito por Mourão no espaço que usa as concessões públicas de comunicação para fala institucional. O senador eleito, conhecido hoje por ser o rei das desentupidoras, também aproveitou para demarcar posicionamento político contra Lula e agradecer pelos votos de seus eleitores. Não era lugar nem momento para isso.

Outros pontos de destaque no pronunciamento de Mourão foram o ataque ao Poder Judiciário e o cinismo ao classificar a política de devastação do meio ambiente promovida por seu governo como “percalços”.

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