Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
O violino Veneziano
Compartilhe:
(Foto: Reprodução/Instagram/vitorcastelliano)

Se o mantra bíblico “diga-me com quem andas e te direi quem és” for aplicado a Veneziano (MDB), muito provavelmente a resposta será imprecisa. É que o dito candidato de Lula (PT) ao Governo da Paraíba anda com tanta gente da direita que fica difícil saber exatamente se quem se apresenta nesta campanha é o Veneziano que votou contra Bolsonaro nos últimos anos no Congresso Nacional ou o Veneziano que contribuiu com o golpe contra Dilma.

Há perdão também na política, mas a constante bipolaridade confunde o eleitor. Talvez seja por isso que a campanha de Veneziano não decola. Claro que apoio político é importante, o próprio Lula deu aula quando botou Geraldo Alckmin pra dentro da chapa. Mas no caso de Veneziano, andando pra cima e pra baixo com todo tipo de alinhamento político, não se trata de unir forças em prol de um mesmo projeto. O propósito é juntar voto a qualquer preço.

Clique aqui para ler todos os textos de Felipe Gesteira

Ontem (16), o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, e o deputado Taciano Diniz, ambos do União Brasil, reafirmaram seus apoios à campanha de Veneziano. Quem também esteve no evento com a direita cabedelense foi o vice-prefeito e candidato a deputado federal Mersinho Lucena (PP).

Veneziano não se impõe como um candidato à esquerda. Confuso e indeciso, pode terminar a campanha fora do segundo turno e voltar ao seu lugar lá no Senado Federal.

Demarcar posição exige coragem, e coragem de verdade é para poucos. Veneziano quer aplicar na campanha majoritária a máxima do violinho: “pega-se com a esquerda e toca-se com a direita”.

Compartilhe: