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Avatar precisa provar viabilidade comercial para manter continuidade, avalia James Cameron
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O diretor James Cameron, responsável por três das cinco maiores bilheterias da história do cinema, afirmou que “Avatar: Fogo e cinzas”, que estreia nesta quinta-feira (18) no Brasil, ainda precisa demonstrar viabilidade comercial para assegurar as continuações da franquia dos alienígenas azuis de Pandora.

Zoe Saldaña como Neytiri em “Avatar: Fogo e Cinzas”
Zoe Saldaña como Neytiri em “Avatar: Fogo e Cinzas” (Foto: Divulgação/20th Century Studios)

Em entrevista ao g1 em Los Angeles, o cineasta de 71 anos comparou a série a gigantes como ‘Star Wars’ e Marvel: “Até agora, batendo na madeira, tivemos sorte, mas dois filmes não traçam muita curva, certo? Precisamos de um terceiro – precisamos de um terceiro ponto de dados para ver o quão viável essa franquia é. E até algumas das franquias de elite, como Star Wars e Marvel, tiveram seus altos e baixos, certo? E nós nem estamos nesse patamar ainda.”

Mesmo com mais de US$ 5 bilhões arrecadados por “Avatar” (2009) e “Avatar: O caminho da água” (2022), Cameron não dá garantias sobre os filmes 4 e 5, prometidos desde 2016. “Sim”, respondeu ele ao ser questionado se existe um valor que “Fogo e cinzas” precisa atingir para trazer tranquilidade. Mas evitou revelar números: “Não, não, não. A gente não fala sobre isso. Isso é algo que cabe a mim saber. Mas, se anunciarmos ‘Avatar 4’, você vai ficar sabendo.”

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O diretor enfatizou os riscos financeiros: “Olha, 4 e 5. Eu sei o que faria se fizermos esses filmes. E as histórias são muito boas. Eu realmente gosto quando eu as releio. É algo como: sim, eu adoraria fazer esse filme, mas isso precisa funcionar como um modelo de negócio. Há muitos empregos em jogo. Há muito dinheiro em jogo, certo?”

Com orçamento estimado em cerca de US$ 400 milhões – filmado junto com “O caminho da água” – e mais US$ 150 milhões em marketing, o terceiro capítulo precisa de rentabilidade significativa.

Mais direto que o anterior, “Fogo e cinzas” continua focado nos oceanos de Pandora, acompanhando o ex-soldado reencarnado como Na’vi (Sam Worthington) na proteção de seu lar contra humanos, enquanto lida com a perda do filho mais velho (Jamie Flatters) e novas alianças.

Cameron revelou que o filme nasceu de uma história dividida: “Percebemos que havia história demais, porque estávamos tentando encaixar muita coisa no primeiro ato do filme 2, que acabou se tornando ‘O caminho da água’ — incluindo a transformação do Spider (Jack Champion), sobre a qual não queremos falar muito —, então eu dividi a história ao meio e movi isso para fora, e isso se tornou o elemento central de ‘Fogo e cinzas’.”

Para o cineasta, a força está nos arcos familiares: “É na continuação dos arcos dos personagens do 2 para o 3 onde eu acho que está a força: o que acontece com o Spider, o que acontece com a Kiri (Sigourney Weaver), o que acontece com o Jake e a Neytiri (Zoë Saldaña) e o casamento deles, a história de amor deles, que agora está sendo despedaçada pela perda do filho mais velho, e pelo ódio e pela fúria dela, que se tornam bastante racistas no filme.”

Quanto à liberdade criativa, Cameron negou carta branca total: “Não existe liberdade criativa ilimitada, certo?” Ele destacou a captura de performance, que levou 18 meses para os dois filmes, permitindo controle amplo no mundo virtual: “Agora eu posso estar aqui ou posso estar filmando de um helicóptero, ou qualquer coisa entre uma coisa e outra. Então, nesse sentido, é ilimitado em termos das possibilidades de onde eu coloco a câmera e de como eu ilumino. Eu posso pegar uma cena de dia e transformá-la em uma cena noturna. Posso adicionar chuva. Posso fazer todo tipo de coisa.”

Com informações do portal g1.

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