A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) intensificou sua aproximação com o setor industrial em reunião com Cassiano Pereira, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEPB) e da Associação Nordeste Forte. O encontro, realizado nessa quinta-feira (3) na sede da autarquia, reuniu diretores da Sudene, empresários e especialistas, com o objetivo de avançar em políticas de apoio ao setor industrial.
Os debates concentraram-se em estratégias para melhorar o clima de negócios e aumentar o potencial da região na captação de novos investimentos. Outro tema abordado foi o papel dos benefícios fiscais como instrumento para diminuir os desequilíbrios entre as diferentes áreas do país. A articulação busca consolidar o Nordeste como destino prioritário para projetos industriais.
Veja também
TCE-RS abre concurso com 45 vagas e remuneração de até R$ 20,5 mil; confira edital
O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, ressaltou que os incentivos fiscais são, para o Nordeste, uma política de correção de desigualdades históricas. “Este debate não pode ser feito de forma linear com outras regiões do País. O Nordeste ainda enfrenta profundas desigualdades econômicas, e os incentivos são fundamentais para minimizar esses impactos”, afirmou. Ele lembrou que a Região reúne cerca de 30% da população brasileira, mas responde por apenas 14% do PIB nacional e acessa menos de 10% dos recursos disponíveis em políticas públicas voltadas ao setor produtivo.
Além dos incentivos, a reunião celebrou os acordos de cooperação firmados entre a Sudene, a FIEPB e a Associação Nordeste Forte, voltados à implementação da Nova Indústria Brasil (NIB) no território nordestino. A parceria busca mobilizar setores já identificados como estratégicos pela política industrial — como agronegócio e agricultura familiar, transição energética, complexo econômico da saúde e infraestrutura. Também foram destacadas colaborações com universidades paraibanas e com o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), que contribuem para a superação de desafios estruturais e o fortalecimento das políticas públicas. “Precisamos estar juntos nesta agenda estratégica para o Nordeste”, reforçou Cassiano Pereira.
Fonte: Sudene