O vereador eleito Mikika Leitão (MDB) entrou com mandado de segurança na Justiça para tentar impedir a eleição da Mesa Diretora para o segundo biênio na Câmara de João Pessoa. O parlamentar alega ilegalidade no movimento que consolidou os nomes de Dinho (Avante) para o primeiro biênio e Bruno Farias (Cidadania) para o segundo biênio. A ação foi protocolada na terceira Vara da Fazenda Pública de João Pessoa, com pedido de liminar.
A eleição para o primeiro biênio será feita logo após a posse dos eleitos, nesta sexta-feira (1º). A solenidade está prevista para as 15h. Mikika entra com ação com o objetivo de evitar que o novo presidente, muito provavelmente Dinho, convoque uma nova sessão, logo após ser encerrada a posse do novo presidente, para que seja eleita uma nova Mesa Diretora para o segundo biênio. A prática tem se tornado comum ao longo dos últimos anos.
Mikika, no entanto, recorre ao Regimento Interno da Casa para dizer que a prática é ilegal.
Mikika entra com ação agora visando se consolidar como nome para a disputa do segundo biênio. Ele vem trabalhando neste sentido desde que o resultado das urnas revelou a eleição dele. O parlamentar tentou construir uma maioria, mas conseguiu apenas 11 votos para o projeto. O número mínimo de votos necessários para consolidar a eleição para presidente da Casa é 14, já que a Câmara Municipal abriga 27 vereadores. O objetivo do parlamentar, com a ação, é ganhar tempo.
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Mikika Leitão chegou a alardear que Bruno Farias havia desistido da disputa, porém, ele foi desmentido logo em seguida. Uma reunião com a participação de Bruno, Dinho e outros 14 apoiadores revelou a derrota política do parlamentar. Ele tenta, agora, empurrar a eleição para o período regimental, com o objetivo de construir até lá as condições para ser vitorioso na disputa. O atual presidente da Câmara, João Corujinha (PP), desistiu da disputa.