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Em “Canções Pandêmicas”, Pedro Medeiros aborda política e justiça social
Termômetro da Política
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Novo álbum de Pedro Medeiros traz temas como racismo, descrença na ciência e o extremismo político (Foto: Temy Vicente/Divulgação)

De que maneira a pandemia mudou sua vida? Para algumas pessoas, afastar-se do ócio apareceu como um bote salva-vidas para a sanidade mental. Foi o caso de Pedro Medeiros, músico paraibano. Nesta quinta-feira (28), o artista lança o álbum visual Canções Pandêmicas, um ponto fora da curva em sua carreira enquanto violinista.

O disco, como sugere o título, foi idealizado e realizado durante a pandemia de covid-19; os atores, por exemplo, gravaram os áudios de suas próprias casas. Produzido e dirigido pelo próprio Pedro Medeiros, Canções Pandêmicas apresenta textos com bases musicais interpretados pelos atores Fernando Teixeira, Dinho Lima, Fernanda Ferreira, Suzy Lopes, Lucas Dan, André Morais e Raquel Ferreira. Racismo, descrença na ciência e o extremismo político são críticas presentes no álbum.

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Nove faixas estão presentes neste novo disco, todas elas produzidas no homestudio de Pedro Medeiros e no Gota Sonora, em João Pessoa. “O álbum, resumidamente, fala da problemática que vivemos atualmente, que para mim não está centrada na covid-19. O coronavírus só escancarou o racismo, a injustiça social, a desvalorização da ciência e tantas outras atrocidades”, disse Pedro. “Fazer esse disco foi uma forma de ficar vivo. Foi uma realização pessoal. Canções Pandêmicas é também uma forma de protestar e lutar contra essas coisas terríveis que assolam nossa sociedade”, acrescentou.

Com um trabalho consagrado como violonista e guitarrista, essa é a primeira vez em que não ouvimos qualquer um dos instrumentos, que deram espaço para sintetizadores e outros elementos eletrônicos. “A escolha de não tocar violão não foi tão consciente, a princípio. Eu tinha comprado uma controladora para experimentar durante a pandemia e observei posteriormente a importante característica da simulação. Com ela, podemos ter uma base filosófica para entender as questões sociais que o disco aponta”, explicou. “Além disso, a controladora permite timbres que acho interessantes e não conseguiria fazer com violão e guitarra”, concluiu.

O músico Yuri da Costa publicou uma resenha sobre o disco e o definiu como “uma alvorada pós-apocalíptica”. “Pedro é um virtuose, tanto na guitarra quanto no violão, e no entanto não há nenhuma exibição de virtuosismo técnico. A mensagem é mais importante”, afirmou Yuri.

Jader Finamore, do estúdio Gota Sonora, fez a mixagem e masterização. Temy Vicente foi responsável pelas filmagens e identidade visual do disco. 

Clique aqui para ativar o lembrete da estreia no YouTube.

Sobre o Artista

Pedro Medeiros é músico desde os 18 anos de idade. Atualmente, toca violão e guitarra nas bandas Desirée e no Duo Pedrada (junto com Pedro Índio Negro), além de ter sido membro das bandas Abrad’Os Zóio e SouTemplo. Já gravou com Naná Vasconcelos e Elza Soares, dirigiu os discos ‘Dilacerado’, de André Morais, e ‘Cidade das Neves’, da Abrad’Os Zóio.

Paraibano de coração, Pedro Medeiros nasceu em Pernambuco, é músico formado pela Universidade Federal da Paraíba e Mestre em educação musical pela mesma instituição.

Entre seus lançamentos mais recentes estão o single ‘Convocação’ (2020) que conta com a participação de Elon, Nathalia Bellar, Val Donato e Yuri Carvalho; o EP ‘Cenas de um Filme Inglês’ (2019), do Duo Pedrada; e o disco solo ‘Vulnerável, Sobre o Nascer na Paraíba’ (2019).

Fonte: Assessoria de imprensa

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