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Jackson relembra abandono de Cartaxo e rebate acusação: “sempre saca do bolso um parente e nunca consegue eleger”
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“Pode ser que ele esteja querendo sair de novo do PT”, disse Jackson (à esquerda) a respeito de Cartaxo (Fotos: Reprodução)

O presidente do PT na Paraíba, Jackson Macêdo, não deixou barato o ataque desferido contra ele pelo deputado estadual Luciano Cartaxo (PT). Após a entrevista em que declarou ter maior sintonia na pré-candidatura à Prefeitura de João Pessoa da deputada estadual Cida Ramos (PT), Cartaxo divulgou uma nota pública repleta de acusações sem provas contra Macêdo. Em resposta, o presidente do PT-PB relembrou o abandono de Luciano Cartaxo ao partido e acusou o parlamentar de fazer uso de seus familiares nas tentativas fracassadas de ampliação dos espaços de poder: “Sempre saca do bolso um parente pra disputar uma eleição aqui em João Pessoa ou no estado da Paraíba e nunca consegue eleger”.

Em sua resposta, Jackson Macêdo começou ressaltando a responsabilidade do partido no pleito de 2024. “O PT tem uma responsabilidade muito grande nas eleições do próximo ano. A companheira Cida, pelo seu histórico, pelo que ela representa, tem uma identidade maior com o PT. Ela sempre esteve no lado progressista, ela nunca saiu desse lado”, disse.

Ao rebater o deputado Luciano Cartaxo, Macêdo destacou que sequer votou no próprio irmão, o vereador pessoense Junio Leandro (PDT). “Sequer votei no meu irmão para vereador. Veja bem, eu tive um irmão candidato a vereador e eu não pude votar nele porque eu era dirigente partidário. Eu votei numa outra candidatura, do meu partido, o PT. Tinha o meu irmão candidato a vereador por um outro partido e eu não votei nele porque ele não era candidato pelo meu partido”, e em seguida relembrou o histórico familiar de candidaturas de Cartaxo:

“O irmão dele [Lucélio Cartaxo] já foi candidato a governador, a senador; coloca a esposa [Maísa Cartaxo] para ser candidata a alguma coisa, já foi candidata a vice-governadora; coloca a cunhada [Edilma Freire] pra ser candidata a alguma coisa, a cunhada já foi candidata a prefeita. Ou seja, a pessoa vir me agredir do ponto de vista pessoal, agredir minha família tendo um histórico desse, é de uma brincadeira de mau gosto”, frisou Jackson Macêdo.

Quorum

Sobre a acusação de que as reuniões da Executiva Estadual não têm quorum, o dirigente lembrou que o próprio Cartaxo participou da última e acusou o companheiro de partido de praticar maldade política. “E falar que as reuniões do PT não dão quorum? O PT está reunido constantemente desde o começo do ano. A direção estadual se reuniu, inclusive, no último sábado [25], numa reunião ampliada, com quórum, com a presença dele! É de uma maldade política e de um total desespero de gente que não conhece o PT”.

Fato político e histórico de abandono

Sobre a declaração dada mais cedo durante entrevista à rádio CBN João Pessoa, Jackson reafirmou se tratar de um fato político. “O que eu falei é fato político. A deputada Cida tem mais identidade com o campo progressista do que ele. E se isso magoa ele, eu num tenho nada a ver com isso. Vir me atacar, dizer que eu quero vender o PT sem mostrar o recibo? Sinceramente, eu não entendo esse tipo de ataque”, afirmou.

O presidente do PT da Paraíba citou o episódio de abandono, quando Cartaxo, em 2015, então prefeito de João Pessoa pelo PT, abandonou o partido dizendo que não tinha compromisso nenhum com o PT nacional [Lula e Dilma]. “Na minha opinião é um desespero desse senhor, pode ser que ele esteja querendo sair de novo do PT, não sei se é isso, até porque já abandonou a gente num momento de dificuldade”, relembrou.

Oligarquia ‘tabajara’

Por fim, ao destacar o distanciamento eleitoral que mantém com seu próprio irmão por motivos partidários, o dirigente petista classificou a forma como Cartaxo faz política, acumulando fracassos com seus familiares, de uma oligarquia fajuta, fazendo referência ao programa de TV da década de 1990, Casseta & Planeta, que falhava com as “Organizações Tabajara”. “Dizer que eu quero vender o PT para eleger meu irmão? Sequer votei no meu irmão quando ele foi candidato a vereador porque ele não era filiado ao meu partido. Isso sim é ter projeto de partido político, isso sim é ter identidade com o PT. Diferente dele, que faz parte de uma oligarquia ‘tabajara’ que sempre saca do bolso um parente pra disputar uma eleição aqui em João Pessoa ou no estado da Paraíba e nunca consegue eleger”, finalizou Jackson Macêdo.

Confira a íntegra da nota divulgada pelo deputado Luciano Cartaxo

NOTA À IMPRENSA

Sobre as declarações de Jackson Macedo, presidente do Diretório do PT da Paraíba, à Rádio CBN, a respeito da eleição em João Pessoa, é preciso dizer que “ser de esquerda” não é entregar o PT de bandeja a Cícero Lucena, à direita, em troca de garantir a reeleição de seu irmão a vereador, inclusive por outro partido, como Jackson está tentando fazer.

O Diretório Estadual do PT teve uma única reunião com quórum no último ano. O partido só tem um prefeito em toda a Paraíba e, a depender de seu presidente, não terá mais nenhum após a próxima eleição.

Jackson Macedo deveria trabalhar para fortalecer o Diretório Estadual ao invés de oferecer opinião sobre os rumos da candidatura municipal em João Pessoa, onde temos verdadeiramente chances reais de vencer as eleições.

LUCIANO CARTAXO
Deputado Estadual pelo PT, ex-prefeito e pré-candidato a prefeito de João Pessoa

Ouça na íntegra a resposta de Jackson às acusações sem provas de Cartaxo

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