Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
O Congresso está no Bolso
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Presidente Jair Bolsonaro (centro) em festa com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (à esq.), e Arthur Lira (à dir.) (Foto: Marcos Brandão/Senado Federal)

Se havia alguma chance de abertura de processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), perdeu-se no meio das notas de repúdio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Tudo bem que a eleição de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a Presidência do Senado não foi lá grande surpresa, visto que ele era quase um candidato de consenso. Venceu com a indicação do antecessor, Davi Alcolumbre (DEM-AP), do Planalto, e até com apoio de senadores da esquerda.

Mas na Câmara dos Deputados, para quem duvidava da capacidade de articulação de Bolsonaro, a vitória de Arthur Lira (PP-AL) foi um atropelo. Lapada grande, de primeiro turno. Nem adianta o campo progressista procurar culpados, ali não tinha voto do PSol que salvasse Baleia Rossi para um possível segundo turno.

Bolsonaro fez o que Dilma não soube fazer: política. Deve se sustentar até o fim do mandato, muito provavelmente com mais popularidade do que Michel Temer tinha na reta final.

O que há de novo no Bolso, além da influência na pauta do Congresso Nacional, é a ausência do discurso de que neste governo não tem “toma lá, dá cá”. Para a campanha de reeleição em 2022, este é um mote a ser esquecido.

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