A decisão do governo norte-americano de excluir aeronaves e peças do aumento de tarifas anunciado pelo presidente Donald Trump provocou uma forte valorização das ações da Embraer (EMBR3) na B3, a bolsa de valores brasileira, nesta quarta-feira (30). O papel chegou a ter negociações interrompidas duas vezes – às 15h35 e 15h55 – devido à alta volatilidade, quando registrava valorização superior a 10%.

Após os circuit breakers, as ações retomaram as negociações por volta das 16h20 sendo cotadas a R$ 75,53, com alta de 9,8%. No mercado norte-americano, os ADRs (American Depositary Receipts) da empresa avançavam 9,6%, negociados a US$ 54,42. Ao fechar o pregão, a EMBR3 acumulou valorização de 10,93%, cotada a R$ 76,25, enquanto os ADRs encerraram em alta de 10,58%, a US$ 54,85.

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O movimento positivo já havia começado na terça-feira, quando surgiram indicações de um acordo técnico entre Brasil e EUA para reduzir as tarifas sobre aeronaves brasileiras exportadas para o mercado norte-americano. A Embraer vinha sendo uma das empresas mais afetadas pelas medidas protecionistas de Trump, já que desenvolve modelos específicos para atender às demandas das companhias aéreas regionais dos EUA.

Em análise recente, o Citi destacou que a Embraer foi a principal beneficiada pelo decreto presidencial, ressaltando que o modelo E175 praticamente não tem concorrentes diretos no mercado americano. A aeronave regional é atualmente a única que atende às rigorosas restrições regulatórias dos EUA sobre tamanho e capacidade de aviões operados por companhias regionais no país.

Reportagem do portal Valor Investe.