Política - -
Presidente Lula convida ministros do STF para jantar após sanções dos EUA
Termômetro da Política
Compartilhe:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quinta-feira (31) ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar no Palácio da Alvorada. O encontro foi organizado como demonstração de apoio ao ministro Alexandre de Moraes e à Corte, um dia após o governo dos Estados Unidos anunciar sanções financeiras contra o magistrado utilizando a Lei Magnitsky, que prevê restrições contra indivíduos acusados de violações de direitos humanos.

Lula voltou a criticar a adoção de tarifas comerciais (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Todos os 11 membros do STF foram convidados para o evento. Entre os presentes estão o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e os ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Edson Fachin, além do próprio Moraes.

O jantar também conta com a presença do procurador-geral da República, Paulo Gonet; do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; e do advogado-geral da União, Jorge Messias. A reunião ocorre em meio à crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos provocada pelas sanções contra o ministro do STF.

Leia também
Desemprego cai para 5,8% e Brasil atinge menor taxa da série histórica

A aplicação da Lei Magnitsky é a segunda sanção aplicada contra Alexandre de Moraes pelo presidente Trump. Na noite de ontem (30), Lula divulgou nota em que afirmou que o Brasil “é um país soberano e democrático, que respeita os direitos humanos e a independência entre os Poderes”. “Um país que defende o multilateralismo e a convivência harmoniosa entre as Nações, o que tem garantido a força da nossa economia e a autonomia da nossa política externa. É inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira”, afirmou o presidente.  

No dia 18 de julho, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos do ministro, seus familiares e “aliados na Corte”.

O anúncio foi feito após Moraes abrir um inquérito para investigar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, pela atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo e tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista.

Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. A licença terminou no último dia 20. 

Fonte: Agência Brasil

Compartilhe:
Palavras-chave
lei magnitskylulastf