Em discurso incisivo no plenário da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nesta quarta-feira (6), a deputada Cida Ramos (PT) criticou duramente a atuação de parlamentares bolsonaristas no Congresso Nacional, rebateu críticas de opositores, como o deputado Walber Virgolino (PL), e reafirmou a defesa da democracia.
“É muito bom a gente estar aqui no plenário da Assembleia Legislativa, porque aqui é o local do debate qualificado, aqui é o local para que a gente possa disputar mentes e corações a partir das narrativas e dos projetos que defendemos”, disse Cida Ramos, durante fala.
A deputada expressou indignação com a atuação de deputados federais alinhados ao bolsonarismo. “A mesa da presidência foi capturada por um grupo de deputados que colocam tarja porque nunca, nunca abriram a boca para fazer a defesa de projetos que interessem ao povo brasileiro”, afirmou.
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“A tarja que eles representam significa a tarja para que a impunidade prevaleça nesse país”, continuou, referindo-se às tentativas de anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu defendo a ampla defesa. Agora eu não posso concordar que um ex-presidente trame, organize, intente um golpe de estado, inclusive com a morte do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, à época, e do presidente Lula, e ele continue a desdenhar da justiça brasileira”, disse, destacando que Bolsonaro está em prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares.
A deputada também rebateu a ideia de que o Brasil estaria dividido entre extremos. “O Brasil não tem extremos. O Brasil tem posições que representam projetos de nação. Aqui não tem defesa de um extremo, tem a defesa do povo brasileiro”, afirmou.
Cida Ramos também diferenciou obstrução regimental legítima de ocupação. “Obstrução regimental é um recurso que a oposição, e eu já utilizei aqui nesta Assembleia Legislativa, para abrir o diálogo e o debate. É diferente de ocupação. É diferente de você tentar, na marra e na força, querer uma anistia que não pode vir, porque nós desmoralizaremos a justiça brasileira”, declarou.
A deputada cobrou avanços em pautas que beneficiem a população, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
“O Brasil quer e exige que a gente atue e a Câmara dos Deputados precisa votar a questão da isenção de impostos para quem ganha até 5 mil reais”, disse, criticando a desigualdade tributária. “Não é possível que um professor ganhe e tenha que pagar impostos enquanto os bilionários, as bets e os bancos pagam proporcionalmente menos do que um professor, um médico, um comerciário”, completou.
Por fim, Cida Ramos reafirmou seu compromisso com a democracia e rebateu críticas de opositores, como o deputado Walber Virgolino ao Hospital da Mulher Dona Creuza Pires. “Eu vejo Walber chegar aqui, criticar um hospital das mulheres que ele nem foi lá olhar, mas ele é incapaz de dizer aqui uma obra que o governo Bolsonaro realizou na área da saúde”, afirmou. “Este governo que ele defendeu o tempo inteiro e continua a fazer a defesa. É dois pesos e duas medidas”, concluiu, reforçando que sua luta é pela democracia, soberania e justiça social.
Fonte: Assessoria de imprensa
