Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Vacinas para os profissionais da educação!
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Professora é vacinada contra covid-19 em São Paulo (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Sempre que governos anunciam flexibilização das medidas restritivas adotadas para conter a disseminação da covid-19, ouve-se o apelo de empresários dos setores de bares, restaurantes, do comércio, mas o que pouco se planeja é o retorno das aulas presenciais.

Não à toa, já que escolas são ambientes que concentram dezenas de indivíduos dentro de salas fechadas. O que também não se pode negar é que com medidas restritivas de distanciamento e uso de máscaras, dificilmente um bar pode ser um ambiente mais seguro que uma escola, visto que, no bar, o usuário permanece o tempo quase todo sem máscara, já que está bebendo ou comendo.

Diversos setores da economia amargam prejuízos financeiros, muito disso por culpa de uma gestão desastrosa por parte do governo federal, seja porque não se planejou para compra das vacinas ainda no ano passado, ou pela má condução da crise, ao desconsiderar as recomendações das principais autoridades sanitárias no mundo. A “gripezinha”, como classificou o presidente Jair Bolsonaro, já matou mais de 378 mil brasileiros.

Enquanto não se fala em volta às aulas de modo presencial, crianças e adolescentes seguem pelo segundo ano consecutivo envoltos em um ambiente de aprendizagem virtual onde professores são sobrecarregados e estudantes sofrem prejuízo incalculável na aprendizagem.

Na Paraíba não se fala em retomada das aulas presenciais na rede pública, seja pelo estado ou pelos municípios. No entanto, parte da rede privada já retomou as atividades presenciais, e volta e meia uma escola consegue na Justiça, por força de liminar, o direito de reabrir.

Além dos danos às vítimas da doença e seus familiares, a pandemia de covid-19 causará também a ampliação das desigualdades sociais na educação. Sem entrar no mérito do que é justo a respeito de quem recorre à Justiça na rede particular, os profissionais que voltam a trabalhar estão imediatamente expostos.

É imprescindível incluir os profissionais da educação nos grupos prioritários da vacinação para que se possa discutir o retorno seguro às atividades escolares de forma presencial, pois assim como bares e restaurantes, o setor também enfrenta dificuldades, mas com a diferença de que o prejuízo na aprendizagem pode impactar uma geração inteira.

Alguns estados já começaram a vacinar os profissionais da educação. São Paulo foi o primeiro, e puxou a fila para Espírito Santo, Rio de Janeiro e Maranhão.

Mães, pais e profissionais da educação na Paraíba se articulam para que o governador João Azevêdo (Cidadania) empreenda com os trabalhadores do setor educacional o mesmo esforço político aplicado para inserir os profissionais da segurança pública na fila prioritária. Uma página no Instagram e um abaixo-assinado circulam como forma de ampliar a visibilidade do movimento.

O governador já sinalizou que reconhece a importância do pedido. Os trabalhadores da educação aguardam uma resposta efetiva do poder público.

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