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Pressão nas redes contra Motta e Derrite: protestos cobram PL Antifacção sem “blindagem” ao crime organizado
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Uma onda de indignação toma as redes sociais contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o relator Guilherme Derrite (PP-SP), acusados de diluir o Projeto de Lei Antifacção (PL 5582/2025) para proteger facções criminosas. Hashtags como #PFContraBandidagem e #MottaBlindaCriminosos viralizam desde a semana passada, com usuários exigindo autonomia da Polícia Federal (PF) e votação urgente do texto original, enviado pelo governo em outubro para endurecer o combate ao crime organizado.

Imagem circula nas redes sociais em protestos contra Motta e Derrite (Imagem: Reprodução/X)

O PL, prioridade do Executivo para responder à escalada de violência ligada a grupos como PCC e CV, tramita na Câmara desde o final de outubro. Derrite, licenciado da Secretaria de Segurança de São Paulo, apresentou quatro versões do relatório, incorporando sugestões de oposicionistas, o que gerou acusações de retrocessos. Governistas pressionam por troca de relator, alegando que as mudanças limitam investigações federais e criam “caos jurídico”. Motta adiou a votação para esta terça-feira (18), citando “ajustes finais”, após críticas de Lula e ministros como Boulos, que chamou o texto de “PEC da Blindagem 2.0”.

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Nas plataformas digitais, militantes e cidadãos comuns amplificam o clamor. PF CONTRA BANDIDAGEM, MOTTA BLINDA CRIMINOSOS, DERRITE É O CRIME, POVO PELA ANTIFACÇÃO, postou @NicolettiGeisa, ecoando um apelo viral de @carvalho_harlen para fortalecer a PF contra suposta “blindagem” ao crime. Similarmente, @Rogeriononatosa convocou petistas e esquerdistas a pressionar, enquanto @LigiaCoracao10 e @baiano_julio repetiram o mantra para viralizar a campanha.

A repercussão reflete o racha no Congresso: o governo vê o texto como essencial para asfixiar facções financeiramente, mas alega que as emendas de Derrite – como condição de aval governamental para ações federais – beneficiam investigados. Motta defende o “trabalho técnico” do relator, que manteve “pontos positivos” do original, mas incorporou demandas multipartidárias. Quatro governadores de oposição pediram mais um mês de debate, enquanto o Executivo insiste em votação sem “retrocessos”.

Com a pauta marcada como única para esta terça, a pressão online pode influenciar o plenário, onde o PL Antifacção se tornou símbolo de embate entre Executivo e oposição.

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